quinta-feira, 29 de maio de 2008
cheirinho
saio do bradesco em direção ao calçadão. passo pelo santander, pelo prédio do professor veiga e pelo teatro sete de abril, onde páro para conferir as próximas atrações que ali serão apresentadas. enquanto leio os cartazes, que anunciavam peças de teatro, danças e espetáculos musicais, as portas se abrem e, lá de dentro, sai o cheiro. cheirinho de sete de abril!

talvez porque faça tempo que não vou lá prestigiar algum evento cultural, mas mais porque faz tempo que não fico nos bastidores, o cheiro aguçou minha glândula lacrimal. é, me emocionei (tenho dessas coisas...). lembrei da época da malê, saudosa escola de dança, que fazia do sete de abril sua seguda "casa de ensaio". lembrei dos camarins iluminadíssimos, da fila pra passar delineador, do piano que ficava atrás do palco, do espelho gigante, da irresistível espiadinha pra ver se o teatro estava cheio, do frio na barriga antes do abrir das cortinas. tinha que dar tudo certo. e dava. sempre.

falando agora como espectadora, o teatro sete de abril é do jeito que eu gosto e é um lugar onde me sinto bem, de verdade. as cadeiras confortáveis, o lustre esplendoroso, o palco miudinho, o camarote aconchegante. toda vez que subo as escadinhas que dão acesso à platéia, fico parada por uns segundos no corredor, admirando esse cenário tão fascinador.

e embora eu não faça mais parte dos bastidores, toda vez que vou lá o frio na barriga se repete. bastam-me os três sinais sonoros, o apagar das luzes e as cortinas. ah, as cortinas... poucas coisas me emocionam mais que o abrir daquelas cortinas.
posted by L. @ 05:39   8 comments

ME: luisa tem 22 anos e mora em pelotas. é bióloga, já foi professora e, um dia, será jornalista. é cantora nas horas vagas. apreciadora de vários tipos de arte. tem 4 tatuagens, ama a família e valoriza os amigos. fala alto e come de tudo.

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