terça-feira, 18 de março de 2008
não fale com o motorista
meu pai acha graça que eu sou amiga do motorista do ônibus que me leva ao campus. paulo, mais conhecido como gargamel (igualzinho!), é a diversão garantida às 07:40, horário em que, se não fosse por ele, eu estaria de mau humor.

o paulo tem uma legião de fãs. somos 7 ou 8 meninas assíduas no seu ônibus. sendo vips, temos algumas regalias. chimarrão de gabarito todos os dias cedinho e risadas dos relatos sobre bebedeiras e "fugidinhas de casa", que ele conta enquanto dirige.

além disso, se estou no campus (e quem estuda lá sabe que aquele lugar é "o verdadeiro matadouro pra uma pessoa fina"), ele me paga picolé. se estou na parada lotada e o ônibus só tem um assento, ele abre a porta bem na minha frente, pra eu pegar o lugar. se a fila tá enorme, ele pega minha bolsa e põe lá no banco da frente (em outras palavras, reserva o meu lugar). se são 07:39 e eu tô recém saindo de casa, atrasadíssima, posso ligar e dizer "agüenta aí, que eu tô chegando!". e quando eu chego, lá está ele, de cara amarrada e dizendo que da próxima vez não me espera.

ele não deixa eu ouvir mp3 porque eu "fico surda" e quando não vou ao campus, no outro dia me cobra satisfações. por outro lado, duvido que exista outro motorista que ofereça salgadinhos quentinhos para todos os seus passageiros no seu aniversário.

e ainda querem que eu participe de protestos estudantis contra a superlotação do santa silvana! tô fora!
posted by L. @ 10:54   6 comments
sexta-feira, 14 de março de 2008
cantei um reggae pros cachorros da rua
ontem falei em uma amiga fotógrafa que estava no lugar certo e na hora certa. agora há pouco vi uma propaganda que mostra uma boca e uma orelha e diz: tem coisas que ficam bem melhores juntas.

acaso ou não, hoje, ao descer do ônibus da ufpel, aconteceu algo que pra muitos pode ser banal, mas me renovou as energias: começou a chover, eu coloquei o casaco com capuz, a chuva apertou e meu mp3 player sorteou "andei só" do natiruts.

combinação perfeita. enquanto todos se protegiam debaixo de toldos e marquises, eu quis caminhar na chuva. caminhar, não correr. cantei alto, ri sozinha, me molhei toda e revitalizei a alma.

e, chegando em casa, cheiro de bolo de chocolate da mãe. coincidentemente, meu pai chegou nesse exato instante trazendo bolo inglês, que em pelotês se chama carinhosamente de "quéqui". é ou não é um indício de um baita final de semana?

aliás, amanhã cedo saio pra canguçu, uma "metrópole" aqui perto de pelotas. vou com o pessoal da faculdade, fazer churrasco, beber cerveja, jogar carta, andar a cavalo, enfim... sair um pouco da rotina!

au revoir!
posted by L. @ 13:22   4 comments
quinta-feira, 13 de março de 2008
click!
fotografia. taí algo que eu adoro. a fotografia é uma mágica: simplesmente imortaliza momentos.

confesso que meu talento para fotografar é quase nulo. gosto é de estar nas fotografias. encho o saco do chico toda vez que há fotos minhas na câmera dele, entro em crise pra pegar as fotos da festa de ontem e seguidamente me pego revendo pela qüinquagésima vez as fotos do meu aniversário de 20 anos.

apesar dessa minha paixão por fotos de pessoas, acho o máximo o "olho clínico" de alguns amigos pra clicar paisagens, animais, coisas bizarras ou lindas.

uma ex-professora minha, márcia, exibe no orkut fotos maravilhosamente coloridas.



henrique, um ex-colega de colégio, também é fotógrafo nato.


charline, outra ex-colega, no lugar certo e na hora certa:


felipe, um querido amigo, é outro. fica a dica pra um blog recém-iniciado como o meu, mas que certamente vale a pena: castilla e as coisas. confiram! eis a prévia:

posted by L. @ 18:07   2 comments
terça-feira, 11 de março de 2008
partir andar
"ilusão achar que todo mundo vai ficar junto pra sempre", disse eu há mais ou menos uma semana, para um amigo que foi morar em outro estado. é cada um fazendo sua história. encontros e despedidas.

na minha infância era tudo perfeito: amigos e família, praticamente todos por perto. e aos poucos, algumas pessoas essenciais foram se distanciando. no sentido literal, porque - por mais clichê que pareça - ficam perto de mim, nos meus pensamentos, sempre.

a lu é um exemplo clássico. nos conhecemos com 6 anos, convivemos intensamente até os 7 e ela foi pra porto alegre. éramos pequenas pra saber o que era uma amizade verdadeira, por isso a nossa história é interessante. através de cartas (depois substituídas por e-mails), telefonemas e eventuais visitas, crescemos, aprendemos, caímos e vivemos juntas. separadas, mas juntas.

a bel é outro exemplo. amiga de infância, convivência por mais tempo e a mudança ainda pra mais longe. corações apertados e choros incontidos...

henrique. meu amigo, meu irmão, meu parceiro de patinar no gelo, de tomar porre, de ver criança esperança debaixo da coberta e com várias colheradas de negrinho. mais longe ainda.

meus primos, marina e miguel. de uma hora pra outra, não tinha mais mesa cheia aos domingos nem alguém me chamando de princesa.

sorte minha que os vínculos continuam intactos.

e existe a melhor parte: o reencontro. a sensação de poder passar um fim de semana inteiro de neologismos com a lu, a vontade que seja "amanhã" logo porque a bel vem e fica um mês direto, o frio na barriga de ir visitar o henrique que veio pras festas de fim de ano, o desejo de que chegue a hora de ir buscar a família na rodoviária.

aí, enfim, contar histórias novas, repetir histórias velhas e manter a chama acesa.
posted by L. @ 07:46   2 comments

ME: luisa tem 22 anos e mora em pelotas. é bióloga, já foi professora e, um dia, será jornalista. é cantora nas horas vagas. apreciadora de vários tipos de arte. tem 4 tatuagens, ama a família e valoriza os amigos. fala alto e come de tudo.

fotolog + youtube + orkut

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