terça-feira, 16 de junho de 2009
sim à preservação
e meu primeiro post como estudante de jornalismo vem com notícia boa: texto selecionado para a segunda etapa do concurso "primeira pauta", do jornal zero hora.
aqui está:

"O trabalhador, o padre, o vereador, o turista. Nos arredores dos municípios de Rio Grande e São José do Norte, o que têm em comum? Todos dependem da água, e não só pela sua propriedade fisiológica nos organismos: dependem dela para serem transportados. Há anos, milhares de pessoas, das mais diversas classes e ocupações, utilizam-se do único meio de transporte que liga uma cidade a outra: o hidroviário. Durante 30 minutos, os passageiros têm contato com o estuário da Laguna dos Patos e a beleza do ambiente natural é opinião unânime. Porém, paradoxalmente a isso, há o comportamento não-ecológico do ser humano. O estuário, cenário do trajeto, é "contemplado" com cascas de laranja, papéis de bala, restos de cigarro. O ambiente que permite o deslocamento das pessoas de um lado a outro é alvo da falta de consciência ecológica dos passageiros. Nas barcas, não há nenhuma placa que faça apelo ao cuidado com o meio-ambiente e nem mesmo os vereadores locais - que também desfrutam desse meio de transporte - parecem priorizar algum projeto que vise amenizar o problema. Existe uma falha na educação ambiental que impede a transformação de um pensamento conformista em um comportamento individual e social em favor da valorização da vida e das relações do homem com a natureza. A reportagem que eu gostaria fazer é justamente a análise desse comportamento egoísta do homem e dos fenômenos que cumprem papel de obstáculo frente à conscientização ambiental. Ninguém vê que o estuário, além de ser fundamental para que as pessoas tenham acesso de um lugar a outro, abriga grande biodiversidade e serve como sustento a diversas famílias do local, que possuem a pesca como principal atividade? Em textos, entrevistas e fotografias, essa é a minha primeira pauta: o que fazer para mudar essa situação?"
:)
posted by L. @ 20:31   3 comments
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
surpresinhas
a demora pra escrever é justificável: andei incessantemente procurando inspiração. algum assunto marcante, alguma palavra interessante. não tinha jeito de achar. não conseguia formular um texto e uma opinião, nem encaixar as palavras de uma forma que pudesse resultar num post coeso.

sábado à noite, fiquei meio blue. fui influenciada pelas músicas corta-pulsos que o winamp sorteava e pela solidão, já que meus pais e meu irmão tinham viajado. e aí me dei conta que estava com uma sensação estranha e que já vinha se arrastando comigo há algumas semanas: a de estar sempre esperando que algo de bom acontecesse, enquanto os dias são sempre iguais. que graça tem viver sem surpresas?

toca meu celular. é, parece que alguém leu meu pensamento.

um amigo, que eu não via há mais de mês, me liga dizendo que vem me visitar. com os assuntos a mil e um zilhão de novas fotos pra mostrar, brindamos com suco de uva e adoçamos a noite com alguns pedacinhos de chocolate. uma surpresa e tanto.

e hoje, saio da aula e encontro um bilhetinho no meu pára-brisa:

"amiga: passamos aqui pra te ver, mas não atendeste o celular. então, pra registrar esse momento e o quanto és importante, deixamos esse bilhetinho. beijocas amorosas. manu, carol e rafael."

surpresas não necessariamente precisam ser mirabolantes. um abraço e um bilhete, pra mim, são suficientes. eu tenho AMIGOS. e vocês?
posted by L. @ 19:59   5 comments
quinta-feira, 29 de maio de 2008
cheirinho
saio do bradesco em direção ao calçadão. passo pelo santander, pelo prédio do professor veiga e pelo teatro sete de abril, onde páro para conferir as próximas atrações que ali serão apresentadas. enquanto leio os cartazes, que anunciavam peças de teatro, danças e espetáculos musicais, as portas se abrem e, lá de dentro, sai o cheiro. cheirinho de sete de abril!

talvez porque faça tempo que não vou lá prestigiar algum evento cultural, mas mais porque faz tempo que não fico nos bastidores, o cheiro aguçou minha glândula lacrimal. é, me emocionei (tenho dessas coisas...). lembrei da época da malê, saudosa escola de dança, que fazia do sete de abril sua seguda "casa de ensaio". lembrei dos camarins iluminadíssimos, da fila pra passar delineador, do piano que ficava atrás do palco, do espelho gigante, da irresistível espiadinha pra ver se o teatro estava cheio, do frio na barriga antes do abrir das cortinas. tinha que dar tudo certo. e dava. sempre.

falando agora como espectadora, o teatro sete de abril é do jeito que eu gosto e é um lugar onde me sinto bem, de verdade. as cadeiras confortáveis, o lustre esplendoroso, o palco miudinho, o camarote aconchegante. toda vez que subo as escadinhas que dão acesso à platéia, fico parada por uns segundos no corredor, admirando esse cenário tão fascinador.

e embora eu não faça mais parte dos bastidores, toda vez que vou lá o frio na barriga se repete. bastam-me os três sinais sonoros, o apagar das luzes e as cortinas. ah, as cortinas... poucas coisas me emocionam mais que o abrir daquelas cortinas.
posted by L. @ 05:39   8 comments
terça-feira, 18 de março de 2008
não fale com o motorista
meu pai acha graça que eu sou amiga do motorista do ônibus que me leva ao campus. paulo, mais conhecido como gargamel (igualzinho!), é a diversão garantida às 07:40, horário em que, se não fosse por ele, eu estaria de mau humor.

o paulo tem uma legião de fãs. somos 7 ou 8 meninas assíduas no seu ônibus. sendo vips, temos algumas regalias. chimarrão de gabarito todos os dias cedinho e risadas dos relatos sobre bebedeiras e "fugidinhas de casa", que ele conta enquanto dirige.

além disso, se estou no campus (e quem estuda lá sabe que aquele lugar é "o verdadeiro matadouro pra uma pessoa fina"), ele me paga picolé. se estou na parada lotada e o ônibus só tem um assento, ele abre a porta bem na minha frente, pra eu pegar o lugar. se a fila tá enorme, ele pega minha bolsa e põe lá no banco da frente (em outras palavras, reserva o meu lugar). se são 07:39 e eu tô recém saindo de casa, atrasadíssima, posso ligar e dizer "agüenta aí, que eu tô chegando!". e quando eu chego, lá está ele, de cara amarrada e dizendo que da próxima vez não me espera.

ele não deixa eu ouvir mp3 porque eu "fico surda" e quando não vou ao campus, no outro dia me cobra satisfações. por outro lado, duvido que exista outro motorista que ofereça salgadinhos quentinhos para todos os seus passageiros no seu aniversário.

e ainda querem que eu participe de protestos estudantis contra a superlotação do santa silvana! tô fora!
posted by L. @ 10:54   6 comments
sexta-feira, 14 de março de 2008
cantei um reggae pros cachorros da rua
ontem falei em uma amiga fotógrafa que estava no lugar certo e na hora certa. agora há pouco vi uma propaganda que mostra uma boca e uma orelha e diz: tem coisas que ficam bem melhores juntas.

acaso ou não, hoje, ao descer do ônibus da ufpel, aconteceu algo que pra muitos pode ser banal, mas me renovou as energias: começou a chover, eu coloquei o casaco com capuz, a chuva apertou e meu mp3 player sorteou "andei só" do natiruts.

combinação perfeita. enquanto todos se protegiam debaixo de toldos e marquises, eu quis caminhar na chuva. caminhar, não correr. cantei alto, ri sozinha, me molhei toda e revitalizei a alma.

e, chegando em casa, cheiro de bolo de chocolate da mãe. coincidentemente, meu pai chegou nesse exato instante trazendo bolo inglês, que em pelotês se chama carinhosamente de "quéqui". é ou não é um indício de um baita final de semana?

aliás, amanhã cedo saio pra canguçu, uma "metrópole" aqui perto de pelotas. vou com o pessoal da faculdade, fazer churrasco, beber cerveja, jogar carta, andar a cavalo, enfim... sair um pouco da rotina!

au revoir!
posted by L. @ 13:22   4 comments
quinta-feira, 13 de março de 2008
click!
fotografia. taí algo que eu adoro. a fotografia é uma mágica: simplesmente imortaliza momentos.

confesso que meu talento para fotografar é quase nulo. gosto é de estar nas fotografias. encho o saco do chico toda vez que há fotos minhas na câmera dele, entro em crise pra pegar as fotos da festa de ontem e seguidamente me pego revendo pela qüinquagésima vez as fotos do meu aniversário de 20 anos.

apesar dessa minha paixão por fotos de pessoas, acho o máximo o "olho clínico" de alguns amigos pra clicar paisagens, animais, coisas bizarras ou lindas.

uma ex-professora minha, márcia, exibe no orkut fotos maravilhosamente coloridas.



henrique, um ex-colega de colégio, também é fotógrafo nato.


charline, outra ex-colega, no lugar certo e na hora certa:


felipe, um querido amigo, é outro. fica a dica pra um blog recém-iniciado como o meu, mas que certamente vale a pena: castilla e as coisas. confiram! eis a prévia:

posted by L. @ 18:07   2 comments
terça-feira, 11 de março de 2008
partir andar
"ilusão achar que todo mundo vai ficar junto pra sempre", disse eu há mais ou menos uma semana, para um amigo que foi morar em outro estado. é cada um fazendo sua história. encontros e despedidas.

na minha infância era tudo perfeito: amigos e família, praticamente todos por perto. e aos poucos, algumas pessoas essenciais foram se distanciando. no sentido literal, porque - por mais clichê que pareça - ficam perto de mim, nos meus pensamentos, sempre.

a lu é um exemplo clássico. nos conhecemos com 6 anos, convivemos intensamente até os 7 e ela foi pra porto alegre. éramos pequenas pra saber o que era uma amizade verdadeira, por isso a nossa história é interessante. através de cartas (depois substituídas por e-mails), telefonemas e eventuais visitas, crescemos, aprendemos, caímos e vivemos juntas. separadas, mas juntas.

a bel é outro exemplo. amiga de infância, convivência por mais tempo e a mudança ainda pra mais longe. corações apertados e choros incontidos...

henrique. meu amigo, meu irmão, meu parceiro de patinar no gelo, de tomar porre, de ver criança esperança debaixo da coberta e com várias colheradas de negrinho. mais longe ainda.

meus primos, marina e miguel. de uma hora pra outra, não tinha mais mesa cheia aos domingos nem alguém me chamando de princesa.

sorte minha que os vínculos continuam intactos.

e existe a melhor parte: o reencontro. a sensação de poder passar um fim de semana inteiro de neologismos com a lu, a vontade que seja "amanhã" logo porque a bel vem e fica um mês direto, o frio na barriga de ir visitar o henrique que veio pras festas de fim de ano, o desejo de que chegue a hora de ir buscar a família na rodoviária.

aí, enfim, contar histórias novas, repetir histórias velhas e manter a chama acesa.
posted by L. @ 07:46   2 comments

ME: luisa tem 22 anos e mora em pelotas. é bióloga, já foi professora e, um dia, será jornalista. é cantora nas horas vagas. apreciadora de vários tipos de arte. tem 4 tatuagens, ama a família e valoriza os amigos. fala alto e come de tudo.

fotolog + youtube + orkut

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